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ELEIÇÕES

Primeira-dama de João Pessoa é presa pela Polícia Federal suspeita de aliciamento de eleitores

Operação Território Livre investiga a cooptação de eleitores na capital envolvendo políticos; prefeito Cícero Lucena se diz vítima de perseguição política

28/09/2024 07h57Atualizado há 2 semanas
Por: Redação

A Polícia Federal, com o apoio do Gaeco (Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado), deflagrou na manhã deste sábado, 28, na cidade de João Pessoa , a “Operação Território Livre”, com a fase denominada Sementem, com o objetivo de investigar os crimes de aliciamento violento de eleitores e organização criminosa no pleito municipal. Uma das duas prisões preventivas efetuadas foi da primeira dama da capital, Lauremília Lucena. A outra, foi da assessora dela, Tereza Cristina Barbosa Albuquerque, mais conhecida como Cris.

Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão nessa terceira fase da Operação. As diligências de hoje são fruto da análise do material arrecadado nas duas fases anteriores da Operação Policial e visam complementar as provas de materialidade, autoria e circunstâncias dos crimes investigados.

O nome de Lauremília já tinha sido citado em documentos da Polícia Federal. Em transcrições da PF, atribuídas a outras pessoas investigadas, ela era apontada como alguém que decidiria sobre a indicação de cargos na prefeitura de João Pessoa.

Os cargos, conforme as investigações, eram solicitados por pessoas ligadas a grupos que mantêm o controle sobre comunidades da cidade. Em troca essas pessoas ofereceriam facilidades de acesso às comunidades.

A PF já prendeu a vereadora Raíssa Lacerda (PSB), além de três mulheres que atuavam como cabos eleitorais; como também cumpriu mandado contra o marido de uma delas, que já estava preso no PB1. Raíssa, que desistiu da candidatura à reeleição, continua presa.

A parlamentar é suspeita de encabeçar o grupo, que segundo a Polícia, cooptava pessoas nos bairros São José, Padre Zé e Alto do Mateus através de facções criminosas.

NOTA

A coordenação da campanha do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), emitiu uma nota em resposta à prisão da esposa, Lauremília, hoje de manhã, pela Polícia Federal. O texto diz que Cícero é alvo “de mais um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição, envolvendo sua família”.

Para o prefeito que concorre à reeleição, a prisão da esposa seria uma estratégia dos adversários prejudicarem sua votação, que seria suficiente para encerrar o pleito no primeiro turno.

Confira o texto na íntegra

"O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, foi alvo de mais um ataque covarde e brutal, ardilosamente arquitetado por seus adversários às vésperas da eleição, envolvendo sua família.

Com sua liderança consolidada em todas as pesquisas, que indicam vitória já no primeiro turno, seus opositores, nos últimos dias, disseminaram boatos pela cidade sobre uma nova operação. A operação realizada hoje, portanto, já era prevista e foi recentemente denunciada no plenário da Câmara dos Deputados pela deputada federal Eliza Virgínia, que alertou publicamente sobre o uso político de instituições com o objetivo de influenciar a campanha eleitoral em João Pessoa.

Na imprensa, nossos adversários divulgaram versões fantasiosas e inverdades com o intuito de manchar a honra de uma mulher íntegra, respeitada e querida pelo povo paraibano. Lauremília não teme as investigações e, na justiça, demonstrará que é vítima de uma grave perseguição política, orquestrada pelos adversários de Cícero, que claramente utilizam sua influência para esse fim.

Trata-se de uma prisão política. Lauremília tem residência fixa e jamais se recusaria a prestar depoimento ou esclarecer quaisquer fatos. Houve o uso de força desproporcional, já que ela sequer foi convocada para prestar depoimento. Claramente, os adversários de Cícero estão utilizando todos os meios para conquistar o poder a qualquer custo, sem respeito a sua família ou à cidade de João Pessoa.

Lauremília tem uma vida limpa, é uma benfeitora na cidade e do Estado. Ela provará sua inocência, sendo mais uma vítima de injustiça, assim como Cícero também foi.

João Pessoa não pode e não vai retroceder. As injustiças que, mais uma vez, atingem Cícero e sua família não ficarão impunes. A campanha continuará nas ruas para mostrar que nenhuma força política está acima de Deus e da vontade soberana do povo."

Com Portal Pop Notícias 

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