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Caso Padre Zé: Padre Egídio vira réu em nova denúncia do Gaeco de lavagem de dinheiro e ocultação de bens

A denúncia foi recebida pelo juiz José Guedes Cavalcante Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital.

25/10/2024 10h14
Por: Redação

O ex-diretor do Hospital Padre Zé, em João Pessoa, Padre Egídio de Carvalho virou réu, nessa quinta-feira (24), em mais uma acusação de lavagem de dinheiro e ocultação de bens apresentada essa semana pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público da Paraíba (MPPB). O caso é um desdobramento da Operação Indignus, que investiga o escândalo de desvio de recursos milionários da unidade de saúde, que era administrada pelo sacerdote. A denúncia foi recebida pelo juiz José Guedes Cavalcante Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital.

De acordo com o apurado pelo Gaeco, o padre teria agido para esconder que era real proprietário de um imóvel avaliado em quase R$ 500 mil no bairro do Cabo Branco, localizado na orla da Capital Paraibana.

A investigação afirma que Carvalho agia, segundo o Gaeco, para “limpar” o dinheiro que era sujo. Um dos casos narrados é a compra do apartamento em um dos locais com o metro quadrado mais caro da Paraíba, onde o religioso comprou a unidade habitacional no mês de janeiro e no final do ano doou a uma criança de dois anos, apesar de não possuir nenhum grau de parentesco com o beneficiado da transação.

Assim que comprou o empreendimento, Egídio de Carvalho, narra a denúncia, “iniciou os procedimentos objetivando retirar o imóvel de seu nome e passá-lo ao beneficiário”, no caso, um menino cujo os pais moravam em São Paulo.

Para os promotores que conduzem o inquérito, Egídio de Carvalho Neto “ocultou e dissimulou a origem, localização, disposição, movimentação e a propriedade de bens, direitos ou valores provenientes, direta ou indiretamente, de infração penal, POR MEIO DA SUA TRANSFERÊNCIA A TERCEIRO”.

“No caso dos autos, houve uma doação de imóvel adquirido por EGIDIO DE CARVALHO NETO por meio de práticas criminosas durante a gestão dos projetos e atividades do HOSPITAL PADRE ZE, INSTITUTO SÃO JOSE e AÇÃO SOCIAL ARQUIDIOCESANA, em detrimento da finalidade originariamente avençada, que buscaram ocultar e dissimular a origem, disposição, movimentação e propriedade dos bens e valores, gerando um ganho nominal de R$ 480.000,00 (quatrocentos e oitenta mil reais)”, diz o documento.

Na denúncia, o Ministério Público pede que a Justiça sequestre o bem e o converta para o tesouro estadual, além a determinação que Egídio pague R$ 480 mil em reparação de danos materiais e R$ 1 milhão a título de danos morais coletivos.

com MaisPB

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