O padre Egídio de Carvalho Neto passou por cirurgia na manhã desta terça-feira (29) no Hospital Napoleão Laureano, em João Pessoa. A intervenção cirúrgica acontece após decisão judicial que possibilitou a retirada da tornozeleira eletrônica do religioso.
O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa, decidiu nesta terça-feira (29) aceitar o pedido feito pela defesa e retirar a tornozeleira eletrônica do padre Egídio de Carvalho Neto. A mesma medida também foi concedida a Jannyne Dantas, também investigada na Operação Indignus.
O magistrado decidiu deferir a retirada da tornozeleira eletrônica do padre Egídio e de Jannyne “apenas para viabilizar o procedimento médico, devendo haver a reinstalação imediatamente após a alta hospitalar dos citados réus”. A decisão foi tomada em harmonia com o parecer do Ministério Público sobre a situação.
A retirada da tornozeleira eletrônica acontece para que padre Egídio e Jannyne possam realizar exames ou procedimentos médicos. O sacerdote aguardava a realização de uma cirurgia no Hospital Napoleão Laureano. Já os exames ou procedimentos médicos de Jannyne Dantas não foram detalhados
A cirurgia estava marcada para a última terça-feira (22), mas precisou ser adiada. Havia a possibilidade de algum exame, como Raio-X ou ressonância magnética, mas a tornozeleira eletrônica inviabilizou o procedimento.
De acordo com o advogado Rawlinson Ferraz, que integra a defesa do padre Egídio, foi elaborada uma petição para possibilitar a retirada do dispositivo e a consequente realização da cirurgia. Porém, não foi possível a apreciação em tempo hábil.
Operação Indignus
Egídio de Carvalho Neto foi preso em 2023 durante a Operação Indignus, que investiga uma série de desvios de dinheiro proveniente de recursos públicos e doações que seriam destinados ao Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Também são alvos integrantes do alto escalão da direção do Hospital Padre Zé durante a administração do religioso.
O ex-diretor do “Hospital dos Pobres” chegou a obter mais de 29 imóveis, alguns de alto padrão com piscinas. Além disso, adegas e propriedades rurais, veículos e também investiu na criação de cachorros de raça de luxo.
O escândalo no Hospital Padre Zé começou a ser divulgado após o desaparecimento de celulares. Além disso, equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal para serem leiloados pelo hospital também sumiram.
com ClickPB
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