Quem acompanhou os primeiros passos em solo paraibano do governador João Azevêdo (PSB) após as férias de 10 dias na Europa, não tem dúvidas: ele voltou "pronto, preparado e querendo" discutir 2026.
Reenergizado, pois ninguém é de ferro e precisa vez por outra de uma pausa, João deixa transparecer que voltou mais político. Basta ver os acenos para o Republicanos, por exemplo, quando atraiu com um abraço só, dois deputados desgarrados - Bosco Carneiro e Michel Henrique -, fortalecendo ainda mais a sua base na Assembleia Legislativa.
Ainda sobre o Legislativo e o Republicanos, não ficou à margem do processo sobre a nova eleição da Mesa Diretora. Aproveitou o momento para apresentar o desejo de ver Adriano Galdino reeleito para a presidência, cuja eleição será na próxima terça-feira (26). E os motivos - e o possível resultado - todo mundo já conhece.
Com as baterias recarregadas, depois de empenhar-se nas eleições do primeiro e segundo turno; além do dia a dia normal da agenda oficial, o governador já fala sobre 2026 com mais ênfase. Disse para quem quis ouvir, que vai botar seu nome à disposição, botando o bloco na rua para marcar território com vistas às disputas para o Senado.
Mais comedido; porém, sem deixar pergunta sem resposta, sobre a sucessão foi mais curto, até pelas circunstâncias: "ainda é cedo para definir o nome do candidato a governador". Destacando, no entanto, que o grupo deve manter a unidade em busca do consenso.
Apesar das ressalvas, Azevêdo parece disposto a deixar o governo e concorrer ao Senado. Independentemente do cenário a ser desenhado!
A viagem, portanto, parece um divisor de águas. João descansou, mas pensou, discutiu e fez prognósticos. Agora começa a "descascar o abacaxi" para definir o nome para sucedê-lo e trabalhar a tão sonhada unidade. Se vai conseguir, só o tempo dirá!
Mas os passos começam mais longos; afinal de contas, 26 é logo ali e João será o grande comandante do processo... E o tabuleiro do xadrez já está montado com três na disputa: Lucas Ribeiro (PP), Adriano Galdino (Republicanos) e Deusdete Queiroga (PSB).
Sem se falar no prefeito pessoense Cícero Lucena (PP), que pode correr por fora!
E o tempo urge!
Bastos Farias / Jornalista formado pela UEPB
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