O projeto conta, desde o seu início, com o apoio da Associação Rede de Conexões para Cidadania – ARCCID, uma entidade orientada por princípios antirracistas. “É uma satisfação ser parceiro desse projeto. Ser negro nesse país é ser um agente político e nós vamos buscar tantos outros pretos e pretas para nascer outros projetos como esse, que com políticas públicas possibilitam a gente a fazer o enfrentamento da invisibilidade. A ARCCID nasce com esse propósito”, afirmou o presidente da Associação, Valderedo Borba.
De acordo com Carla Borba, o catálogo foi pensado enquanto instrumento de divulgação com o propósito de potencializar uma maior diversidade de gênero e de raça nos sets de filmagens. “Precisamos de visibilidade para as mulheres pretas que se prepararam para ocupar esses lugares importantes na produção audiovisual e o projeto foi feito com esse propósito. Foi um trabalho feito por mulheres pretas, com mulheres pretas e para mulheres pretas. Quando escrevi o projeto convidei duas produtoras audiovisuais negras para compor a equipe, as jornalistas Myrlla dos Anjos e Val da Costa, porque entendemos que não é possível falar sobre nós sem nós”, explicou a professora Carla.
SOBRE O PROJETO
Realizado a partir de uma política pública do Ministério da Cultura, o projeto Tem Mulher Negra no Audiovisual Campinense foi uma das 108 iniciativas selecionadas dentre as 3.359 inscritas no edital da Lei Paulo Gustavo da Secretaria de Cultura da Paraíba.
O trabalho começou em fevereiro de 2024 e seguiu as etapas de estruturação, mapeamento das profissionais do audiovisual que atuam em Campina Grande, elaboração do instrumento de pesquisa, levantamento de dados, produção textual e edição.
Em junho deste ano a ministra da Cultura, Margareth Menezes, recebeu em Campina Grande um kit promocional do projeto. O trabalho reúne mulheres com formação em jornalismo, arte e mídia, publicidade, produção cultural, produção audiovisual, educomunicação, cinema e também autodidatas.
No catálogo é possível encontrar profissionais que atuam como diretoras, roteiristas, produtoras, pesquisadoras, diretoras de arte, produtoras de elenco, editoras, atrizes, fotógrafas e cinegrafistas.
O catálogo digital pode ser acessado no site do proojeto https://www.mulhernegranoaudiovisual.com.br/ e informações sobre o trabalho podem ser encontradas no instagram @temmulhernegranoaudiovisual.