O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), indiciado pela Polícia Federal por suspeita de tramar um golpe de Estado, disse se considerar "vítima de uma perseguição" sobre o caso. Ele não descarta se refugiar em uma embaixada, caso tenha sua prisão decretada.
A declaração foi dada em entrevista ao portal UOL. O ex-presidente e outras 36 pessoas foram indiciados na semana passada, e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou para a Procuradoria-Geral da República nesta terça-feira.
Segundo a PF, chefes das Forças Armadas se reuniram 14 vezes com Bolsonaro após derrota na eleição e enquanto o golpe era debatido. Questionado se temia ser preso ao fim da investigação, Bolsonaro disse já ter passado por três operações de buscas e apreensão, as quais considerou absurdas, e que vivia em um "mundo de arbitrariedades".
Ao ser questionado se cogitava exílio, declarou: "embaixada, pelo que eu vejo a história do mundo, né, quem se vê perseguido, pode ir pra lá. Se eu devesse alguma coisa, estaria nos Estados Unidos, não teria voltado", respondeu.
O ex-presidente voltou a negar saber do plano para matar o presidente Lula e o vice, Geraldo Alckmin, além do ministro Alexandre Moraes. Ele também voltou a questionar se "discutir um dos artigos da Constituição" é crime.
"Foi levada avante alguma dessas possíveis propostas? O comandante do Exército falou sobre isso. Foi discutida a hipótese de GLO, de 142, de estado de sítio, estado de defesa. Qual é o problema de discutir isso aí?"
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