PONTO & PRONTOBASTOS FARIAS
O prefeito Bruno Cunha Lima (UB) nunca assumiu publicamente. Tem, na realidade, defendido os nomes de Romero Rodrigues (Podemos), em primeiro plano, Efraim Morais (UB), Pedro Cunha Lima (PSDB) e até de Cássio Cunha Lima (PSDB), que se diz "afastado da política".
Mas no íntimo, Bruno sabe da necessidade de disputar as eleições de 2026. E o Palácio do Redenção, aparentemente, tem um "caminho mais perto", em detrimento da maior facilidade de se chegar a Brasília (leia-se Câmara dos Deputados ou até mesmo ao Senado, onde já esteve o seu avô Ivandro Cunha Lima, a sua principal referência, como ele costuma dizer).
Mas se BCL foi reeleito recentemente para administrar Campina Grande por mais quatro anos, qual seria o motivo para o neto de Ivandro pensar numa nova eleição daqui a dois anos? Resposta: sobrevivência política!
Político que se preza e pensa em permanecer no jogo, ao terminar uma eleição começa a pensar na próxima. É assim que funciona!
"O futuro a Deus pertence" e "ainda é cedo para discutir o próximo pleito" são conversas "pra boi dormir". A verdade é que o desejo de Bruno está ainda mais aguçado após o aliado Romero Rodrigues afirmar nos bastidores que não é candidato a governador; seu projeto é tentar voltar à Câmara. E brigar pela prefeitura de Campina na próxima eleição municipal. É muito claro isso!
A Bruno, são duas opções: deixar a prefeitura nas mãos do vice Alcindor Vilarim (aliado e indicado por Romero) e enfrentar 2026, ou permanecer prefeito até o fim do mandato (2028).
Neste último cenário, o jovem alcaide campinense não poderá mais ser candidato a prefeito. Se quiser voltar à cena política, só em 2030. Sem "caneta" e sem "canudo".
Romero Rodrigues fez isso. Cumpriu oito anos à frente da PMCG (2013 a 2020) e ficou dois anos sem mandato. E foi eleito posteriormente para a Câmara dos Deputados.
Conjecturas à parte, tudo, no entanto, vai depender da desenvoltura de Bruno neste segundo mandato. E tempo não falta para observar os erros do passado no sentido de não cometê-los mais.
Resta saber qual será o caminho! E seja qual for, uma coisa não pode lhe faltar: coragem! Até mesmo se o "cavalo chegar selado"...
É pegar ou largar!
Bastos Farias / Jornalista formado pela UEPB