A Justiça Eleitoral de Campina Grande recebeu uma Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) contra a vereadora eleita Aninha Cardoso (Republicanos), esposa do atual presidente da Câmara Municipal, Marinaldo Cardoso (mesmo partido). A ação, movida pelo ex-candidato Pastor Índio, do partido Novo, questiona a legalidade da candidatura de Aninha devido a supostas irregularidades envolvendo o prazo de desincompatibilização e abuso de poder político.
Conforme consta na Aije, a vereadora eleita ocupou o cargo de secretária parlamentar no gabinete do deputado federal Romero Rodrigues (Podemos) até o dia 14 de agosto de 2024, data oficial da exoneração, conforme publicação no Diario Oficial da Câmara dos Deputados. A denúncia alega que ela não respeitou o prazo legal de desincompatibilização de três meses antes do pleito eleitoral.
O afastamento é exigido para servidores em cargos comissionados, conforme a Súmula 54 do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além disso, o documento aponta que Aninha participou da convenção partidária, realizada no dia 4 de agosto de 2024, ainda ocupando o cargo na Câmara dos Deputados, o que, segundo a denúncia, configurara uma irregularidade.
Outro ponto destacado pela Aije é a alegação de que Aninha Cardoso teria substituído a candidatura de seu marido, Marinaldo Cardoso, que disputou como vice-prefeito, o que, para a acusação, representaria uso indevido da estrutura política para benefício pessoal. A ação também levanta questionamentos sobre o preenchimento do cargo vago deixado por Aninha.
De acordo com os documentos apresentados, o filho da candidata teria sido indicado para ocupar o cargo no gabinete parlamentar, o que reforçaria, segundo a denúncia, a prática de abuso do poder político.
Com Simone Duarte / Bomba Paraíba
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