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Pirâmide: patrimônio sociocultural e ícone do Maior São João do Mundo chega aos 40 anos

Inaugurada em 1986, a construção se tornou um dos principais cartões-postais da cidade

06/07/2025 06h21Atualizado há 2 dias
Por: Redação

Em meio à grandiosidade do São João de Campina Grande, no Parque do Povo uma estrutura piramidal se destaca. Inaugurada em 1986, a construção se tornou um dos principais cartões-postais da cidade e um grande ícone do Maior São João do Mundo: a pirâmide, que no ano que vem celebrará 40 anos. 

Inicialmente, recebeu o nome de “Forródromo”, em alusão ao Sambódromo, espaço por onde desfilam as escolas de samba no Rio de Janeiro, mas logo ficou conhecida como Pirâmide, graças ao seu formato marcante e emblemático.

A obra foi projetada pelo arquiteto Carlos Alberto Almeida, a partir de uma solicitação do então prefeito Ronaldo Cunha Lima, e tinha como inspiração a fogueira, grande símbolo das festividades juninas. O espaço onde a estrutura foi erguida era, até então, conhecido como “Coqueiros de Zé Rodrigues”, e abrigava o antigo Palhoção.

Desde então, a Pirâmide passou a ocupar um lugar central na festa, não apenas geograficamente, mas afetivamente. Nesse espaço, acontecem grandes manifestações culturais como apresentações de quadrilhas juninas, de grupos folclóricos e de artistas do forró pé de serra. 

Para a professora e idealizadora do Memorial do Maior São João do Mundo, Cléa Cordeiro, a Pirâmide é o coração do Parque do Povo. Ela afirma que “a sua decoração é esperada e admirada por todos. É realmente um dos grandes diferenciais da nossa festa”. Cléa também destaca a inauguração como uma de suas lembranças mais marcantes: “Foi um verdadeiro divisor de águas, o Maior São João do Mundo agora era definitivamente o maior, com espaço próprio, algo inédito”.

A pesquisadora destaca ainda que a Pirâmide, desde a sua inauguração em 1986, tem sido palco de muitos momentos importantes, a exemplo do casamento coletivo no período junino, eventos religiosos e cerimônia de despedida de pessoas ligadas à cultura popular como foi o caso de Ronaldo Cunha Lima e Parafuso dos Três do Nordeste.

Memória afetiva e identidade

Para quem vive o São João de Campina Grande, a imagem da Pirâmide se torna uma marca inesquecível da festa. Entre os passos dos forrozeiros e as apresentações culturais, o espaço se consolida como ponto de encontro onde memórias são construídas e a tradição, preservada.

A enfermeira Elaine Braga, campinense, frequenta o Parque do Povo de forma assídua há 21 anos. Para ela, curtir o forró pé de serra nas palhoças e na Pirâmide já virou rotina. “A pirâmide, por ser parte do Parque do Povo, é um símbolo principal desse local. Ela representa a nossa história e resgata esse aconchego que é Campina Grande”, declara.

Em 2022, a Pirâmide do Parque do Povo foi reconhecida como patrimônio histórico do município de Campina Grande, reforçando sua importância cultural e social para a cidade. No Maior São João do Mundo, ela permanece firme como um símbolo vivo da cultura e da identidade campinense, unindo gerações e testemunhando encontros e vivências. 

Essa estrutura arquitetônica marca um capítulo significativo da história local. Ao abraçar a tradição das festividades juninas, ela contribui para o fortalecimento de um evento que cresce a cada ano, atraindo moradores e visitantes e encantando-os com sua essência e riqueza cultural. Mais do que um cenário festivo, torna-se símbolo da identidade regional, unindo passado e presente em uma celebração que valoriza as raízes e projeta o futuro da comunidade.

Repórter Educom

 

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